euid, ruid, suid

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Variáveis de Identificação do Usuário

  • ruid: O ID de usuário real denota o usuário que iniciou o processo.

  • euid: Conhecido como ID de usuário efetivo, representa a identidade do usuário utilizada pelo sistema para determinar os privilégios do processo. Geralmente, euid espelha ruid, exceto em casos como a execução de um binário SetUID, onde euid assume a identidade do proprietário do arquivo, concedendo permissões operacionais específicas.

  • suid: Este ID de usuário salvo é crucial quando um processo de alta privilégio (geralmente em execução como root) precisa temporariamente renunciar aos seus privilégios para realizar determinadas tarefas, apenas para posteriormente recuperar seu status elevado inicial.

Nota Importante

Um processo que não está sendo executado como root só pode modificar seu euid para corresponder ao ruid, euid ou suid atual.

Compreendendo as Funções set*uid

  • setuid: Contrariamente às suposições iniciais, setuid modifica principalmente euid em vez de ruid. Especificamente, para processos privilegiados, alinha ruid, euid e suid com o usuário especificado, frequentemente root, solidificando efetivamente esses IDs devido à substituição de suid. Informações detalhadas podem ser encontradas na página do manual do setuid.

  • setreuid e setresuid: Essas funções permitem o ajuste sutil de ruid, euid e suid. No entanto, suas capacidades dependem do nível de privilégio do processo. Para processos não root, as modificações são restritas aos valores atuais de ruid, euid e suid. Em contraste, processos root ou aqueles com a capacidade CAP_SETUID podem atribuir valores arbitrários a esses IDs. Mais informações podem ser obtidas na página do manual do setresuid e na página do manual do setreuid.

Essas funcionalidades não são projetadas como um mecanismo de segurança, mas sim para facilitar o fluxo operacional pretendido, como quando um programa adota a identidade de outro usuário alterando seu ID de usuário efetivo.

É importante notar que, embora setuid possa ser comum para a elevação de privilégios para root (pois alinha todos os IDs com root), diferenciar entre essas funções é crucial para entender e manipular os comportamentos de ID de usuário em cenários variados.

Mecanismos de Execução de Programas no Linux

Chamada de Sistema execve

  • Funcionalidade: execve inicia um programa, determinado pelo primeiro argumento. Ele recebe dois argumentos de array, argv para argumentos e envp para o ambiente.

  • Comportamento: Mantém o espaço de memória do chamador, mas atualiza a pilha, heap e segmentos de dados. O código do programa é substituído pelo novo programa.

  • Preservação do ID de Usuário:

  • ruid, euid e IDs de grupo suplementares permanecem inalterados.

  • euid pode ter mudanças sutis se o novo programa tiver o bit SetUID definido.

  • suid é atualizado a partir de euid pós-execução.

  • Documentação: Informações detalhadas podem ser encontradas na página do manual do execve.

Função system

  • Funcionalidade: Ao contrário de execve, system cria um processo filho usando fork e executa um comando dentro desse processo filho usando execl.

  • Execução de Comando: Executa o comando via sh com execl("/bin/sh", "sh", "-c", comando, (char *) NULL);.

  • Comportamento: Como execl é uma forma de execve, opera de forma semelhante, mas no contexto de um novo processo filho.

  • Documentação: Mais insights podem ser obtidos na página do manual do system.

Comportamento de bash e sh com SUID

  • bash:

  • Possui uma opção -p que influencia como euid e ruid são tratados.

  • Sem -p, bash define euid como ruid se inicialmente forem diferentes.

  • Com -p, o euid inicial é preservado.

  • Mais detalhes podem ser encontrados na página do manual do bash.

  • sh:

  • Não possui um mecanismo semelhante ao -p no bash.

  • O comportamento em relação aos IDs de usuário não é mencionado explicitamente, exceto sob a opção -i, enfatizando a preservação da igualdade de euid e ruid.

  • Informações adicionais estão disponíveis na página do manual do sh.

Esses mecanismos, distintos em sua operação, oferecem uma ampla gama de opções versáteis para executar e transitar entre programas, com nuances específicas na forma como os IDs de usuário são gerenciados e preservados.

Testando Comportamentos de ID de Usuário em Execuções

Exemplos retirados de https://0xdf.gitlab.io/2022/05/31/setuid-rabbithole.html#testing-on-jail, verifique para mais informações

Caso 1: Usando setuid com system

Objetivo: Compreender o efeito de setuid em combinação com system e bash como sh.

Código C:

#define _GNU_SOURCE
#include <stdlib.h>
#include <unistd.h>

int main(void) {
setuid(1000);
system("id");
return 0;
}

Compilação e Permissões:

oxdf@hacky$ gcc a.c -o /mnt/nfsshare/a;
oxdf@hacky$ chmod 4755 /mnt/nfsshare/a
bash-4.2$ $ ./a
uid=99(nobody) gid=99(nobody) groups=99(nobody) context=system_u:system_r:unconfined_service_t:s0

Análise:

  • ruid e euid começam como 99 (nobody) e 1000 (frank) respectivamente.

  • setuid alinha ambos para 1000.

  • system executa /bin/bash -c id devido ao symlink de sh para bash.

  • bash, sem -p, ajusta euid para corresponder a ruid, resultando em ambos sendo 99 (nobody).

Caso 2: Usando setreuid com system

Código C:

#define _GNU_SOURCE
#include <stdlib.h>
#include <unistd.h>

int main(void) {
setreuid(1000, 1000);
system("id");
return 0;
}

Compilação e Permissões:

oxdf@hacky$ gcc b.c -o /mnt/nfsshare/b; chmod 4755 /mnt/nfsshare/b

Execução e Resultado:

bash-4.2$ $ ./b
uid=1000(frank) gid=99(nobody) groups=99(nobody) context=system_u:system_r:unconfined_service_t:s0

Análise:

  • setreuid define tanto o ruid quanto o euid como 1000.

  • system invoca o bash, que mantém os IDs de usuário devido à sua igualdade, operando efetivamente como frank.

Caso 3: Usando setuid com execve

Objetivo: Explorar a interação entre setuid e execve.

#define _GNU_SOURCE
#include <stdlib.h>
#include <unistd.h>

int main(void) {
setuid(1000);
execve("/usr/bin/id", NULL, NULL);
return 0;
}

Execução e Resultado:

bash-4.2$ $ ./c
uid=99(nobody) gid=99(nobody) euid=1000(frank) groups=99(nobody) context=system_u:system_r:unconfined_service_t:s0

Análise:

  • ruid permanece 99, mas euid é definido como 1000, de acordo com o efeito do setuid.

Exemplo de Código C 2 (Chamando o Bash):

#define _GNU_SOURCE
#include <stdlib.h>
#include <unistd.h>

int main(void) {
setuid(1000);
execve("/bin/bash", NULL, NULL);
return 0;
}

Execução e Resultado:

bash-4.2$ $ ./d
bash-4.2$ $ id
uid=99(nobody) gid=99(nobody) groups=99(nobody) context=system_u:system_r:unconfined_service_t:s0

Análise:

  • Embora euid seja definido como 1000 por setuid, o bash redefine o euid para ruid (99) devido à ausência de -p.

Exemplo de Código 3 (Usando bash -p):

#define _GNU_SOURCE
#include <stdlib.h>
#include <unistd.h>

int main(void) {
char *const paramList[10] = {"/bin/bash", "-p", NULL};
setuid(1000);
execve(paramList[0], paramList, NULL);
return 0;
}

Execução e Resultado:

bash-4.2$ $ ./e
bash-4.2$ $ id
uid=99(nobody) gid=99(nobody) euid=100

Referências

Aprenda hacking AWS do zero ao herói com htARTE (HackTricks AWS Red Team Expert)!

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